sábado, 16 de outubro de 2010

A Velha Base Aérea do Bacacheri

O velho prédio do comando da base aérea do Bacacheri, em Curitiba. Na foto ao alto, vista da alameda frontal, em fins da década de 1940, quando a torre de controle parecia com uma cidadela de fortaleza medieval. Em pé, está meu tio Luiz Antonio Peralta, em frente à pérgola que ainda existe por lá. A outra, vista do pátio de aeronaves, com a torre de controle já reformada, com grandes janelões de vidro e exibindo o número do 12º Grupo de Aviação. Em primeiro plano aparece um bravo Vultee BT-15 Valiant (o Vultizinho), aeronave de treinamento básico da FAB, que possuía 122 destes aparelhos, entre 1942 e 1956.

A unidade aérea do bairro do Bacacheri iniciou suas atividades como 5º Regimento de Aviação do Exército, estabelecido pelo decreto 22.591 de 29/03/1933, quando a aviação era uma das Armas do Exército, instituída em janeiro de 1927 e, mais tarde, incorporada ao ministério da Aeronáutica, criado em 1941. A Arma de Aeronáutica do Exército e o Corpo de Aviação da Marinha  tornaram-se a Força Aérea Brasileira, em maio de 1941.

Durante a segunda guerra mundial, o 5º Regimento de Aviação passou a ser constituído pelo 1º Grupo de Caça e pelo 3º Grupo de Bombardeio Picado, conforme decreto-lei 6.926 de 05/10/1944, que contou com a participação de meu avô, na elaboração do plano, o qual transformava a unidade em base de interesse estratégico para a FAB. Contudo, o Grupo de Caça sequer foi organizado e os aviões que foram destinados ao Grupo de Bombardeio Picado, os Vultee A-35 Vengeance, adquiridos dos EUA sob o regime do lend-lease, foram condenados pelas autoridades aeronáuticas e proibidos de voar, tendo sido desmontados e inutilizados. Assim, de fato, estes grupamentos bélicos jamais funcionaram em Curitiba.

Em 1947, foi extinto o 5º Regimento de Aviação e na base aérea do Bacacheri, sob comando do meu avô, desde junho de 1946, foi criado o 12º Grupo de Aviação. No início da década de 1950, passou a sediar a Escola de Oficiais Especialistas e de Infantaria de Guarda (EOEIG), que funcionou até seu fechamento, nos primeiros anos da década de 1980.

Em várias ocasiões, a unidade aeronáutica do Bacacheri esteve ameaçada de extinção e meu avô, que a comandou por diversas vezes, foi sempre o principal responsável pela sua continuidade. Na década de 1980, após o fim da EOEIG, a base esteve muito próxima do fechamento definitivo e foi outro de seus ex-comandantes que a salvou: o brigadeiro Délio Jardim de Mattos, quando ministro da Aeronáutica do governo João Figueiredo, determinou que lá fosse instalado o CINDACTA II, inaugurando uma nova fase para o antigo campo de aviação.

Nesse lugar, consolidei meu amor pela aviação, passando horas a fio na torre de controle ou nos hangares, aprendendo tudo sobre  o assunto, com os controladores e mecânicos, ou mesmo, à bordo de um veterano Douglas C-47 (C-53-DO), um belíssimo Dakota, prefixo PP-EDL (dos poucos aviões militares com matrícula civil e que pertencia ao governo do Paraná, transferido para a FAB em agosto de 1965), na companhia do coronel-aviador João Batista de Souza Maceno, um dos que me ensinaram a voar e foi comandante interino da base. Lembro-me, ainda, de outros comandantes saudosos: o brigadeiro Mário Calmon Eppinghaus; o brigadeiro Paulo Costa, quem mandou colocar lombadas na vila dos oficiais; e o brigadeiro Saulo de Mattos Macedo.

Passava tardes inteiras, clandestinamente, naquela velha e querida base, observando tudo, até ser descoberto e convocado à presença do comandante, o brigadeiro Nelson Dias de Souza Mendes que, após um pito, autorizou minhas visitas, desde que me apresentasse ao chegar e ao sair, ao subcomandante, o bonachão coronel-aviador Haroldo Luiz da Costa. Quando dos meus exames médicos iniciais, no Bacacheri, após ter sido aprovado no vestibular da EPCAR de Barbacena, todos os oficiais, controladores e mecânicos da base, com quem muito aprendi, estavam lá, torcendo por mim.

Apesar de todas as glórias, o velho e bom Bacacheri não foi o campo de aviação mais antigo da cidade. Por coincidência do destino, foi a chácara da família Biscaia, situada nos arrabaldes do bairro do Portão.                     

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Meus Avós: Arthur e Mario

Arthur Carlos Peralta

Mario Chalbaud Biscaia















Mario e Arthur, no casamento de meus pais,
no Clube Curitibano, em 1961.
Meus avós, Arthur Carlos Peralta e Mario Chalbaud Biscaia. Personalidades muito diferentes, tinham em comum, além de netos, a honradez, a alegria de viver e o amor à família e ao esporte. Arthur era torcedor do Fluminense e, na capital paranaense, do Coritiba Football Club. Mario era Atleticano roxo.  Um carioca da gema e um curitibano nato.  O primeiro amava o basquete, o outro o futebol. De Arthur herdei o nome, de Mário, a paixão pelo Clube Atlético Paranaense. Vidas fecundas e dignas, deixaram um legado de realizações e um incontável número de amigos e admiradores. Duas almas iluminadas que muito cedo se foram. Uniram suas vidas para sempre na sua descendência em comum. Para todos os seus, ficarão as lembranças, o orgulho e a saudade.

sábado, 2 de outubro de 2010

Família Chalbaud Biscaia: João e Finita

Meus bisavós Josefina (Finita) Chalbaud Biscaia e João dos Santos Biscaia, em fotos dos anos 1920. Ela, nascida no Rio de Janeiro em 1892 e falecida em Curitiba em 1972. Ele, nascido em 1881, em Curitiba, e falecido em 1932, na mesma cidade. Seu pai que, também, se chamava João dos Santos Biscaia, foi vereador em Curitiba pelo partido Liberal, no século XIX, e fiscal da Câmara Municipal. Sua mãe, Maria José Ribeiro Biscaia, procedia de uma longa linhagem, desde os fundadores de Curitiba, no século XVII. 

Segundo os historiadores David Carneiro e Francisco Negrão, a família de João dos Santos Biscaia é uma das mais antigas famílias desta cidade, descendendo de Mateus Leme e Baltazar Carrasco dos Reis, que fundaram, em fins do século XVII, a vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, atual Curitiba. João dos Santos Biscaia era funcionário do comércio e bancário.   

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Olguinha e Guerino Soffiatti


Minha avó, Olga Soffiatti Biscaia, e seu pai, Guerino Soffiatti, em 1936, na Floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro, quando foram visitar as duas irmãs de Olguinha: Helena e Dalila Soffiatti. Nascido Guerrino Alessandro Saturno Soffiatti¹ em 13/11/1880, na Itália, na localidade de Correzzo, na atual comuna de Gazzo Veronese, no sul da província de Verona, região do Vêneto. Emigrou com seus pais, Pasqua Letizia Trevisani e Attilio Soffiatti e seus irmãos, Vittorio e Hilario, juntamente com tios e primos da família Soffiatti e das famílias Tognetti e Trevisani, parentes de sua mãe, conforme registros da sua passagem pela Hospedaria de Imigrantes, em São Paulo. Desembarcaram no Brasil, no porto de Santos, no dia 08/03/1888, do vapor San Giorgio, procedente de Gênova. Ficaram durante algum tempo na cidade de São Paulo ou no interior, provavelmente, cumprindo um contrato de trabalho, como pagamento pelas passagens de navio com que vieram da Europa, prática comum dos imigrantes, na ocasião. 

Após este período, de pouco mais de dois anos e meio, Attilio Soffiatti e sua família vieram para o Paraná, chegando ao porto de Paranaguá, a bordo do vapor Rio Negro, em 16/11/1890, vindos de Santos. Radicaram-se na região de Curitiba, em Itaperuçu, no antigo município de Votuverava, onde já viviam alguns parentes imigrados daquela região italiana. Neste lugar, o governo promovia a colonização, por meio da doação ou venda por preços módicos, de imóveis rurais. A família manteve a propriedade nesta região, até meados da década de 1930. Guerino Soffiatti casou-se em 19/01/1901 com Rosa Klüppel, filha de Carolina Probst e Nicolau Klüppel, na paróquia do Senhor Bom Jesus dos Passos, na antiga vila Deodoro, atual Piraquara (PR). Tornou-se próspero comerciante, madeireiro e proprietário de imóveis em Curitiba e região. Faleceu nesta cidade, em 19/09/1950. A fotografia foi dedicada ao, então, noivo de Olguinha, Mario Chalbaud Biscaia

Nascida em Itaperuçu, em 1918, minha avó Olga Soffiatti era a mais nova de sete irmãos, sendo dois homens e cinco mulheres: Amanzor, Geny, Dalila, Nicolau, Helena, Leonor e Olga.       

¹ Com o uso do seu nome no Brasil, Guerrino passou a chamar-se Guerino Soffiatti. Segundo me contou, há muitos anos, um padre da biblioteca da Curia Vescovile di Verona (onde estive pesquisando as origens da nossa família Soffiatti) e de acordo com outras pesquisas que fiz, o nome Guerrino era comum nos italianos nascidos logo após as guerras que sacudiram o norte da península italiana na segunda metade do século XIX, especialmente a guerra de libertação do domínio austríaco.  

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

À Memória de Um Grande Atleticano: Mario Biscaia

Dirigentes do CAP, na velha Baixada, em maio de 1938, assistindo um jogo atrás do gol dos fundos ou gol do bosque. Na primeira fila, o quarto da direita para a esquerda, é meu avô Mario Chalbaud Biscaia. Do seu lado, ao centro, João Alfredo Silva. (Foto publicada na coluna Nostalgia, do jornal Gazeta do Povo).

 A velha Baixada, num domingo de jogo, em 1949. (Foto publicada na coluna Nostalgia, do jornal Gazeta do Povo).
A Arena da Baixada, num domingo de jogo, em 2010, com a saudação da torcida ao Caldeirão. 

O atual emblema do CAP, com faixas verticais, adotado na década de 1990.
 

Carta do presidente do Clube Atlético Paranaense, João Alfredo Silva, ao vice-presidente Mário Chalbaud Biscaia, meu avô, transmitindo-lhe a presidência, em novembro de 1947, em razão de viagem ao exterior, onde ficou por alguns meses. Mario Biscaia, um torcedor apaixonado do Atlético, legou-me a paixão rubro-negra e o grande orgulho pelo trabalho voluntário que dedicou ao glorioso CAP, por mais de trinta anos e em diversos cargos, todos desempenhados com o zelo, a discrição e a modéstia que o caracterizavam. Por longos anos, foi o devotado tesoureiro do clube, numa época de muitas dificuldades financeiras, como quando da construção do ginásio da velha Baixada que se arrastou por bom tempo e só foi concluída com grandes sacrifícios e um enorme esforço de arrecadação. Dentre os cargos que exerceu, destaca-se o de diretor de futebol, durante a conquista do emblemático título estadual de 1949, quando surgiu o apelido que consagrou o time: Furacão.

Para nós, atleticanos, só existe o presente porque, no passado, muitas pessoas valorosas se empenharam na construção do futuro, permitindo à atual geração testemunhar tantas realizações. Nos dias de jogo, do meu lugar no bom e velho estádio Joaquim Américo Guimarães - a magnífica Arena da Baixada -, quase consigo ouvir a voz do meu avô e posso imaginar o seu sorriso de satisfação com o alarido entusiasmante da torcida, enchendo o estádio de vibração e alegria e quando, depois de um gol, se levanta e grita: Uh! Caldeirão !!! É lá, no Caldeirão, que aquecemos nossos corações atleticanos e cozinhamos os adversários, em fogo brando, há quase cem anos. 

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Família Klüppel: Carolina e Nicolau

Meus trisavós, Carolina Probst Klüppel e Nicolau Klüppel (foto de 1909)


A trisavó Carolina (Helena)¹ Probst Klüppel, em retrato de fins do século XIX e em fotos das décadas de 1920 e 1930. Nascida em 1841, em Trier², na Renânia (Rheinland), na antiga Prússia Ocidental, hoje Alemanha. Emigrou com seus pais para o Brasil com três anos de idade. Casou-se com Nicolau Klüppel, também imigrante alemão, nascido em Seffern³, Bitburg, na Renânia, comerciante (oficial sapateiro) e proprietário em Curitiba (PR). Nesta cidade, residiam na rua Nova do Saldanha (denominada sucessivamente: rua do Serrito, rua Conselheiro Barradas e, hoje rua presidente Carlos Cavalcanti), onde Nicolau mantinha uma oficina de fabricação de sapatos.

Relação das sapatarias de Curitiba - Almanak da Província do Paraná - 1876

O casal viveu mais de noventa anos e teve onze filhos. Na foto ao alto, os trisavós Carolina e Nicolau Klüppel, em 1909, durante a comemoração das bodas de ouro do casal, numa grande festa realizada em Vila Deodoro, atualmente Piraquara (PR), na região de Curitiba, onde passaram a residir numa propriedade rural que possuíam. Em 08/02/1894, durante a revolução federalista, o governador provisório Menezes Dória nomeou Nicolau Klüppel prefeito municipal de vila Deodoro, chefiando um governo federalista revolucionário. Durante sua curta gestão, recusou qualquer remuneração pelo cargo. O trisavô Klüppel liderou e apoiou os maragatos da região e ajudou a financiar as tropas federalistas de Gumercindo Saraiva, o que causou-lhe dissabores, posteriormente, com perseguições políticas. Provavelmente por este motivo, nos últimos anos de suas vidas, o casal Klüppel passou a residir em Ponta Grossa (PR), na casa de seu filho João Eduardo, um dos pioneiros da indústria madeireira do Paraná. Nicolau Klüppel faleceu naquela cidade, em 1921 e Carolina, em 1935.

Sua filha caçula, minha bisavó Rosa (Rosinha) Klüppel era irmã gêmea de Guilherme (Willy) Klüppel. Rosinha casou-se no dia 19/01/1901, em Piraquara, com Guerino Soffiatti, imigrante italiano e tiveram oito filhos. Minha avó Olga Soffiatti Biscaia, a mais nova dos filhos, conheceu a avó Carolina de quem ouviu muitas histórias e dela ganhou uma lembrança que trouxe da Alemanha, datada do ano em que emigrou, que hoje guardo comigo. Meus bisavós Rosinha e Guerino herdaram a casa que pertenceu a Carolina e Nicolau, em Curitiba, na antiga rua Conselheiro Barradas, hoje Presidente Carlos Cavalcanti, na esquina com a rua Mateus Leme, onde viveram por muito tempo. Nesta casa, também, residiram meus avós Olga e Mário Biscaia, no começo de seu casamento, e foi lá onde nasceu minha mãe, Maria do Rocio Soffiatti Biscaia.

¹ Em todas as certidões de batismo e de casamento, civil e religioso, de minha bisavó Rosa Klüppel, o nome de sua mãe consta como sendo, respectivamente, Carolina Klüppel e Carolina Probst. Em minhas pesquisas, não encontrei qualquer documento oficial, seja certidão civil ou religiosa, onde o nome da trisavó Carolina Klüppel contivesse o nome Helena

Todas as referências que encontrei em documentos oficiais, certidões de batismo e de casamento de seus filhos, mesmo após a vigência do registro civil republicano, constam, exclusivamente, os nomes Nicolau e Carolina Klüppel. Na certidão de óbito lavrada em Ponta Grossa em 07/01/1935, consta o nome Carolina Klüppel. Apenas a título de curiosidade, uma das irmãs mais velhas de minha avó Olga Soffiatti Biscaia chamava-se Helena Carolina Klüppel Soffiatti, minha saudosa tia Helena. Uma das filhas do casal Klüppel também chamava-se Carolina.

² A publicação "Famílias Brasileiras de Origem Germânica" (edição conjunta do Instituto Genealógico Brasileiro e do Instituto Hans Staden, 1967, pág. 303 a 305) diz que Carolina nasceu em Trier, em 1841. Já a certidão de casamento de Carolina e Nicolau, na matriz de Curitiba em 30/01/1859, revela que ela teria nascido em Hannover e se chamava Carolina Augusta Guilhermina
 
Segundo o site genealógico da Igreja Mórmon (familysearch.org) os pais de Carolina Probst eram: Caroline Christiane Eleonore Maake e Carl Friedrich Wilhelm Ferdinand Probst, originários de Hannover. Teriam chegado ao Brasil em 1854, a bordo do navio Emily, no porto de São Francisco do Sul.

³ A mesma publicação acima mencionada, indica que Nicolau Klüppel, assim como seu pai e seu irmão, nasceu na antiga Prússia, na aldeia de Seffern (hoje pertencente ao distrito de Bitburg, na Renânia-Palatinado). Nos registros de embarque para o Brasil, consta que teria nascido em Lockweiler, no Sarre, No registro de seu desembarque no porto de São Francisco do Sul (SC), consta referência a Welschbillig, município do distrito de Trier-Saar, na Renânia-Palatinado. Contudo, este último pode ser o lugar de onde ele veio ou onde residia antes do seu embarque para o Brasil, porque não há expressa referência como lugar de nascimento.
  

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

No Velho Guaribu: Familia Peralta

A trisavó Leocádia Calvet de Avellar Simões entre seus netos, na varanda do velho casarão do Guaribu, em fins da década de 1930. Nos dois cantos superiores da foto estão Arthur e Dyrce Peralta. 
Debruçados sobre a barragem do açude do Guaribu: meu avô Arthur Carlos Peralta, tendo à esquerda minha avó Dyrce e, ao lado desta, a tia-avó Herundina Nídia Peralta.











 
Os jovens da família Peralta, na Fazenda do Guaribu, em Avelar, município de Paty do Alferes (RJ) em meados da década de 1930. Situada na serra fluminense, foi fundada em fins do século XVIII pela família Avellar, nossos antepassados. Seu fundador, o tenente Antonio Ribeiro de Avellar foi testemunha de defesa de Tiradentes e este depoimento consta dos famigerados "autos de devassa" da Inconfidência Mineira. Os Ribeiro de Avelar eram pioneiros cafeicultores no Brasil e possuíam inúmeras fazendas ao longo do vale do rio Paraíba do Sul. As terras da Fazenda do Guaribu ainda em estão mãos da família Peralta, alguns dos quais lá residem.

Na foto ao alto, no meio dos seus netos, aparece minha trisavó Leocádia Calvet de Avellar Simões, sentados nos bancos em pedra de cantaria, da grande varanda do casarão, que se debruçava sobre o vale. Nesta foto, também, aparecem meus avós, nos dois cantos superiores. Na foto seguinte, meus avós Dyrce e Arthur Carlos Peralta aparecem como terceiro e quarto da esquerda para a direita, mergulhados no velho açude que era destinado, no passado remoto, a mover um dos primeiros geradores elétricos da região. Ao lado esquerdo de Dyrce Peralta está minha tia-avó, Herundina Nídia, que residia no Guaribu e alguns de seus filhos ainda moram lá. Nas demais fotos, minha avó aparece em primeiro ou segundo plano em várias delas. Na foto logo acima, aspecto geral da sede da fazenda do Guaribu, em meados da década de 1930, quando ainda existiam, diante do casarão, três das quatro palmeiras imperiais originais.

sábado, 8 de maio de 2010

Os Irmãos Peralta em Curitiba

Os filhos de Dyrce e Arthur Carlos Peralta, em Curitiba, em fins dos anos 1940, na casa em que residiram na atual rua Acyr Guimarães, na praça do Japão. Em pé, meu pai, Carlos Henrique e meu tio Paulo Fernando. Sentado à direita, meu padrinho Luiz Antonio e no colo de minha avó, Cláudio Victor, meu tio caçula, o único destes nascido na capital paranaense, na Maternidade Victor Ferreira do Amaral.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Família Peralta: Um Dia de Sol em Niterói, Há Muito Tempo Atrás



Os jovens da família Peralta, na praia de Icaraí, na altura da rua general Pereira da Silva, em Niterói (RJ), ainda capital do estado do Rio, em meados da década de 1930. Em cima, deitada com as mãos sob o queixo está minha avó, Dyrce Miranda Peralta e, em pé à esquerda, meu avô, Arthur Carlos Peralta. Na foto embaixo, minha avó é a segunda da esquerda para a direita, e na foto logo acima, com as mãos nos joelhos. A família Peralta tem suas raízes em Miguel Pereira e em Paty do Alferes, no Estado do Rio de Janeiro. Mais tarde, a maior parte dos descendentes de meus bisavós, Valdomiro Villet Peralta e Herundina de Avellar Simões Peralta, estabeleceu-se em Niterói, onde eu nasci. Nosso ramo da família Peralta no Brasil teve início com Antonio Botelho Peralta, médico, nascido em Portugal, na vila de Resende (Mirão), no Viseu. Casou-se, em Portugal, com Maria Adelaide de Burgos Chapuzet Villet Peralta, dando origem ao nosso ramo fluminense da família Peralta.

Brig. Peralta em Curitiba: Tempos de Comando II



Nesta foto, meu avô, brigadeiro Arthur Carlos Peralta, desamarra a fita de inauguração do alargamento da rua Marechal Deodoro, na altura da Praça Zacarias, em Curitiba, em 1966. Em volta aparecem o governador do Paraná, Paulo Pimentel e o prefeito de Curitiba, Ivo Arzua Pereira, entre outras autoridades civis e militares.


domingo, 18 de abril de 2010

Brigadeiro Peralta em Curitiba: Tempos de Comando


Meu avô, o brigadeiro Arthur Carlos Peralta, tendo à frente, minha avó, Dyrce Miranda Peralta, na cerimônia em comemoração ao dia da independência, em 1966, no Círculo Militar do Paraná, do qual era presidente. Nas fotos, ambos recepcionam o então governador do estado, Paulo Pimentel e sua esposa. Arthur Carlos Peralta esteve pela primeira vez em Curitiba, em 1938, como primeiro-tenente-aviador, servindo no antigo Quinto Regimento de Aviação do Bacacheri. Comandou a unidade, depois, já como base aérea, por algumas vezes nas décadas de 1940/50. Foi sua a iniciativa de transformação do pequeno e irrelevante destacamento de base aérea, primeiro em base secreta de interesse estratégico para a FAB, na segunda guerra mundial e, depois, num importante aérodromo militar da região sul. Mais tarde, a base aérea do Bacacheri passou a sediar uma escola de formação de oficiais especialistas e de infantaria de guarda da Força Aérea Brasileira. A EOEIG teve grandes avanços e melhoramentos sob seu comando. A unidade aeronáutica do Bacacheri abriga atualmente o CINDACTA II. Como presidente do Círculo Militar do Paraná, foi ele quem planejou e deu início às obras do imponente ginásio esportivo que lá existe, o qual leva o seu nome e é mais conhecido como Palácio de Cristal.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Peralta, C.H.











Notícias da época de jornalismo e militância política 



Meu pai, o aviador, jornalista, defensor público e advogado (OAB/RJ 2.495) Carlos Henrique Peralta (1937-1996). Era o mais velho dos cinco filhos de Dyrce e Arthur Carlos Peralta. Na foto ao alto, discursando na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, em 1994, na solenidade em que recebeu a medalha Tiradentes, pelos relevantes serviços públicos que prestou àquele estado da federação. Na seguinte, num comício como candidato a deputado federal pela extinta UDN do estado do Rio de Janeiro, em 1962. Logo abaixo, com a mão no queixo, ao lado de colegas no Colégio Militar do Rio de Janeiro. Na outra foto, aparece com sua turma de cadetes da EPCAR (BQ 54), em Barbacena, Minas Gerais. Na foto acima, sentado na carlinga de um Vultee BT-15 Valiant.

Embora amasse a aviação, tendo pilotado durante toda sua vida, não seguiu a carreira militar, como seu pai e seu irmão, Paulo Fernando. Dedicou-se primeiro ao jornalismo e à política, e depois à atividade jurídica. Como jornalista, foi redator da Tribuna da Imprensa; trabalhou no Correio da Manhã e no Diário de Notícias, do Rio de Janeiro; foi correspondente político na sucursal carioca de O Estado de São Paulo; e diretor do Diário do Comércio. Exerceu o cargo de secretário de imprensa do governador do Rio de Janeiro, Celso Peçanha. Em 1961, foi subchefe do Gabinete Civil do presidente da República, Jânio Quadros, no estado do Rio de Janeiro.   

domingo, 11 de abril de 2010

Cel. Av. Paulo Fernando Peralta




O casamento com Maria Ângela Soares Peralta, em 05/01/1963. 

 

Meu tio, o coronel aviador Paulo Fernando Peralta (1938-2004), filho de Dyrce e Arthur Carlos Peralta. Era o segundo de cinco irmãos homens e foi o único destes que seguiu a carreira militar do pai. Na foto ao alto, o  primeiro à direita, com sua turma de cadetes. Logo abaixo, na cerimônia do espadim, ao lado de minha avó Dyrce Peralta. Nas fotos do meio, jovem primeiro-tenente aviador, piloto de caça, ao lado de um jato Lockheed TF-33 Shooting Star, da FAB, em 1963. Logo acima, ao lado da esposa, tia Maria Ângela Soares Peralta, e de minha avó Dyrce Peralta. Ao fundo, um Avro C-91, do Grupo de Transporte Especial (GTE) da FAB. Durante o governo João Figueiredo, foi piloto do Boeing presidencial, lotado no Gabinete Militar da Presidência da República. Integrou a representação brasileira na Junta Interamaricana de Defesa, em Washington, nos EUA. Era um dos maiores especialistas brasileiros em investigação e prevenção de acidentes aeronáuticos. Atuou no SIPAER e foi chefe do CENIPA, em Brasília (DF). Desde 2010, empresta seu nome à biblioteca da sede do CENIPA.