quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

As Damas de Ouro Reunidas em 20/01/1961


Minhas bisavós, Herundina (Neném) de Avellar Simões Peralta, Rosa (Rosinha) Klüppel Soffiatti e Josefina (Finita) Chalbaud Biscaia, reunidas há exatos 60 anos, no dia do casamento de meus pais, Maria do Rocio Soffiatti Biscaia e Carlos Henrique Peralta, no Clube Curitibano, em Curitiba, em 20/01/1961

Ficaram viúvas relativamente cedo e, ao longo de suas longevas vidas, foram alicerces de suas famílias, em torno das quais reuniam-se frequentemente. Verdadeiras matriarcas dos seus clãs, notáveis mulheres de fibra, amorosas e laboriosas, que criaram e educaram um enorme número de filhos e, mesmo, alguns netos e afilhados. Ao contrário das crendices e preconceitos, quanto ao papel que desempenhavam as mulheres do passado, pessoas como estas eram capazes de edificar famílias numerosas, unidas e bem orientadas, em tempos em que não existiam as facilidades e os confortos modernos.

Não esteve presente neste casamento, embora fosse viva, a bisavó Armanda Gómez Cummings Miranda, mãe de minha avó Dyrce Peralta. Nascida Armanda Gomez Cummings, em 24/08/1889, em Gibraltar, território britânico encravado na Espanha, onde seu pai, Francis Cummings, era oficial do Royal Army. Casou-se com meu bisavô, o capitão-de-fragata Álvaro Miranda (passou à reserva no posto de contra-almirante), oficial da Marinha do Brasil, nascido na Bahia, em 23/09/1882. Este bisavô, casou-se duas vezes, algo incomum no passado, sendo o seu segundo casamento com Isaura Miranda, quem criou minha avó, e assim, de fato, tive cinco bisavós. Destas não possuo nenhuma foto, nem do bisavô Miranda. 

Conheci todas as minhas bisavós, por mais ou menos tempo, e lembro-me vivamente de duas: Neném e Finita. Exceto Rosinha, as demais faleceram quando eu tinha mais de 10 anos de idade.