sexta-feira, 18 de maio de 2018

Rosinha Klüppel e Guerino Soffiatti

Rosinha Klüppel 

Guerino Soffiatti

Meus bisavós Rosa Klüppel e Guerino Soffiatti. Ela filha de Carolina Probst e Nicolau Klüppel, nascida em Curitiba, em 1884. Ele filho de Pasqua Letizia Trevisani e Attilio Soffiatti, nascido em Correzzo, na província de Verona, Itália, em 1880. Casaram-se em 19/01/1901, na matriz do Senhor Bom Jesus dos Passos, em vila Deodoro, hoje Piraquara, município vizinho de Curitiba, onde os pais de Rosinha residiam na ocasião. Tiveram oito filhos, entre eles minha avó, Olga Soffiatti Biscaia, a caçula.  Guerino faleceu em 1950 e Rosinha em 1963. As fotos são da época do casamento.

Contam as histórias de família que Guerino apaixonou-se por Rosinha à primeira vista, mas, seu futuro sogro não permitia o namoro. Guerino, então, levou um banquinho de vime e, todos os dias a uma certa hora, sentava-se por um longo tempo à porta da casa de Rosinha, esperando ser recebido por Nicolau Klüppel para pedir permissão para o namoro. Segundo minha avó Olguinha contava, passaram-se semanas e, fosse na chuva ou no frio, Guerino continuava a sentar-se à porta, esperando  pacientemente ser recebido. Após um longo tempo, Nicolau teria dito a Rosinha que admirava uma pessoa com aquela persistência e, finalmente, convidou-o para entrar e autorizou o namoro do casal. Como nas histórias românticas, casaram e foram felizes para sempre.


sábado, 5 de maio de 2018

Ainda Sobre Ludgero José Villet

1826


1846

Como disse antes, as pesquisas genealógicas familiares estão cada vez mais favorecidas pela constante publicação de livros antigos e registros na internet. O Google Books publicou recentemente novos documentos, que contém informações sobre a trajetória militar do meu tetravô Ludgero José Villet, pai da trisavó Maria Adelaide de Burgos Chapuzet Villet que junto com meu trisavó, o médico Antonio Botelho Peralta tornaram-se a matriarca e o patriarca do nosso ramo brasileiro da família Peralta, tendo chegado entre 1857 e 1858 ao Brasil.  

Os registros acima detalham momentos do início e do fim da carreira militar de Ludgero José Villet, como oficial de Infantaria do Exercito Português. O primeiro registra a incorporação de Ludgero ao Regimento de Infantaria número 4, no posto de alferes (equivalente a segundo-tenente, nos dias atuais), transferido das Companhias provisórias de Cabo Verde, no mesmo posto, onde foi ajudante de ordens de seu tio então coronel, João da Matta Chapuzet, governador do Arquipélago. A incorporação deu-se por decreto de 28/09/1826, publicado na Gazeta de Lisboa, número 240, página 985, em 12/10/1826.   

Quartel de Santo Ovídio na cidade do Porto - cerca de 1850

O segundo revela que em 1846, no posto de capitão, Ludgero José Villet comandava a 6ª Companhia do Regimento de Infantaria número 2, na cidade do Porto. O Regimento estava sob o comando do coronel Manoel Eleutério Malheiro e sediado no famoso Quartel de Santo Ovídio, no Campo da Regeneração (atual praça da República). A informação consta do Directorio Civil, Político, Commercial da Cidade do Porto e Villa Nova de Gaya, edição de 1846 da Typographia Commercial, página 81. Também consta que Ludgero residia na rua Bella da Princesa, nº 2 (hoje a conhecida rua de Santa Catarina). 

Segundo outros documentos que pesquisei e já publiquei neste blog (vide post), Ludgero José Villet foi reformado compulsoriamente, ou seja, transferido para a 3ª Seção do Exército, em 25 de outubro de 1846, num de ato de perseguição política da Junta da Patuleia, durante a famigerada revolução da Patuleia. Aparentemente, o ato foi definitivo e encerrou precocemente a vida militar de Ludgero José Villet. É de se registrar que Ludgero ficou pelo menos cinco anos longe das fileiras do Exército, acompanhando seu tio, o coronel João da Matta Chapuzet, num exílio forçado durante o período da usurpação de dom Miguel, o que certamente atrasou sua carreira.