sábado, 7 de janeiro de 2012

Arthur Carlos Peralta: Cem Anos Neste Dia

O brigadeiro Peralta, assumindo, mais uma vez, o comando da EOEIG, na base aérea do Bacacheri, em Curitiba, em março de 1965.  Na foto, prestando continência ao comandante da V Zona Aérea, brigadeiro Doorgal Borges
O brigadeiro Arthur Carlos Peralta, em túnica de gala, na última foto oficial, como presidente do Círculo Militar do Paraná, durante o baile do dia da Independência, em 1966.

 Elogio do ministro da Aeronáutica, brigadeiro Gabriel Grün Moss ao, então, coronel-aviador Arthur Carlos Peralta, ao deixar a chefia de gabinete para assumir o cargo de adido aeronáutico nos EUA, em julho de 1961 (publicado no DOU de 28/07/1961).  
No apartamento da Connecticut Avenue, 4600, em Washington - D.C., em 1962, onde morou quando foi adido aeronáutico nos EUA e Canadá.
Ao lado do primeiro carro, com minha avó Dyrce, meu pai e tio Paulo.
Em frente a uma das casas onde morou, em vila de oficiais, na década de 1940.


Recebendo a Ordem do Mérito Aeronáutico, do comandante da III Zona Aérea, brig. Francisco de Assis Correia de Mello, em outubro de 1955.
Capitão de equipe nos jogos militares, na década de 1930
O casamento com Dyrce Miranda Peralta, em 20/01/1936, em Niterói, então, segundo-tenente da arma de aviação do Exército, com a antiga farda verde-oliva.

 As bodas de prata, em 20/01/1961, na igreja de Santa Terezinha, em Curitiba.
Tenente-coronel aviador Arthur Carlos Peralta, com farda cáqui, em uma celebração religiosa, em 1955.

 Nota do jornal A Noite, do RJ, sobre a viagem da esquadrilha da escola de Aeronáutica que voou do Rio à Bolívia, em agosto de 1944, sob o comando do capitão-aviador Arthur Carlos Peralta. Pela façanha ele foi condecorado com  a ordem nacional  "El Condor de los Andes", a mais alta comenda concedida pelo país andino.

  
 Arthur Carlos Peralta, em foto de 1912.

 Arthur Carlos Peralta em 29/11/1917.
Neste dia, há cem anos, na cidade do Rio de Janeiro, nascia meu avô, Arthur Carlos Peralta, de quem herdei o nome. A melhor homenagem que podemos prestar aos nossos entes queridos, mais do que qualquer cerimônia ou festejos, é nunca os esquecermos. Quando as pessoas continuam a viver em nossos corações, em nossa memória e em nossos valores, não morrem jamais. Neste blog de histórias e saudades de família não poderia faltar a menção ao centenário de seu nascimento. 

Apesar do pouco tempo que convivi com ele – fui seu primeiro neto – tenho algumas claras lembranças. Lembro-me de quando foi me buscar em casa, em Niterói, para ambos cortarmos os cabelos, raspados à moda militar, sentados lado a lado, num barbeiro próximo do Campo de São Bento, o qual colocava uma tábua de madeira sobre a cadeira, para alcançar a máquina de corte em minha cabeça. Ainda o vejo pilotando o avião, quando me trazia do Rio de Janeiro a Curitiba para passar alguns dias, dividindo-me entre a sua casa e a dos meus avós maternos. Posso ouvir sua voz grave, quando paro em frente da casa onde morava, na avenida Munhoz da Rocha, 77, próxima ao hospital São Lucas, comandando ao sentinela de guarda no portão, que não tirasse os olhos de mim, enquanto eu brincava no imenso jardim. Pequenos flashes, muito vivos. 

Pessoas como as minhas avós e os meus avós não morrerão jamais. Continuarão vivos para sempre em minhas melhores recordações. Afinal, como diz o refrão de uma velha canção militar americana: "old soldiers never die, they just fade away".