domingo, 27 de dezembro de 2015

Mário Chalbaud Biscaia: Uma Homenagem de Cem Anos

Andando pela rua Quinze de Novembro, em inícios dos anos 1950 
No baile de debutantes de minha mãe, Maria do Rocio, em 1955, dançando com minha avó Olga Biscaia, no Graciosa Country Club.
No baile de debutantes de minha madrinha, Vera Regina, no Graciosa Country Club, em 1959. Com ele, minha avó Olga Biscaia, minha madrinha, minha mãe e a bisavó Josefina Chalbaud Biscaia. 
O casamento com Olga Klüppel Soffiatti, em 28/05/1938.
  
O "footing"na rua Quinze em meados dos anos 1940.
Um time de veteranos na velha Baixada do Atlético, em fins da década de 1940, para um amistoso pré-jogo oficial. Meu avô é o terceiro agachado, da esquerda para a direita. Todos esses foram, de algum modo, parte da história do CAP. Do lado esquerdo, Carlos Orlando "Xanga" Loyola e José Muggiati Sobrinho. (Publicada na coluna Nostalgia da Gazeta do Povo )

Na velha Baixada do Clube Atlético Paranaense, assistindo uma partida de futebol, atrás do gol dos fundos, ao lado de João Alfredo Silva, Joffre Cabral e Silva e outros diretores do clube, em 1938. (Publicada na coluna Nostalgia da Gazeta do Povo) 
Com minha avó, em frente à igreja de Santa Terezinha, em 1967.
Na praia de Guaratuba, no início da década de 1940.
A convocação para assumir a presidência do Clube Atlético Paranaense, em  1947, durante a ausência temporária do presidente João Alfredo Silva.

A homenagem da Associação Paranaense de Reabilitação (APR), da qual foi um dos fundadores e mantenedores, mandada afixar no túmulo de sua família, no cemitério municipal de Curitiba.

Há um século, no dia 27 de dezembro de 1915, em Curitiba, na rua Doutor Pedrosa, 175 (hoje 203), nascia meu avô Mario Chalbaud Biscaia, filho de Josefina (Finita) Chalbaud Biscaia e João dos Santos Biscaia . Lembro com muita clareza e saudade dele, do seu modo de falar e andar, da sua paixão pelo Clube Atlético Paranaense (CAP), da sua simpatia e sua amabilidade.

Era o penúltimo de oito irmãos: seis homens e duas mulheres, tendo a primeira falecido com menos de um ano de idade, na terrível pandemia da gripe espanhola. Casou-se com Olga Odilá Klüppel Soffiatti, em 28 de maio de 1938 e teve três filhos: Maria do Rocio, minha mãe; Vera Regina, minha madrinha e Mario Junior. Era um marido e um pai amoroso, uma pessoa de trato cordial e afável que, muito cedo, deixou o convívio de uma família cheia de saudades e de um incontável número de amigos e admiradores.

Foi comerciante em Curitiba. Tinha um grande espirito associativo, tendo participado de inúmeros clubes em Curitiba e no litoral do Paraná, destacando-se o CAP. Neste exerceu todos os cargos diretivos, inclusive a presidência interina por seis meses, entre 1947/48, além da direção de futebol do formidável scratch de 1949, que se tornou uma lenda no futebol do Paraná e conquistou o apelido pelo qual ficou nacionalmente conhecido: Furacão. Fundou, com outros amigos, a Associação Paranaense de Reabilitação (APR), entidade à qual se dedicou com especial carinho. Participou, ainda, da fundação do Iate Clube de Guaratuba e foi membro da Junta Comercial do Paraná, emprestando seu nome ao plenário de sessões.  

Dele herdei a paixão pelo rubro-negro paranaense, este clube que tem para com ele uma dívida inestimável pela abnegada dedicação em tempos dificílimos, ao lado de muitos outros apaixonados, que o mantiveram existindo para que as gerações de seus netos e bisnetos pudessem orgulhar-se de suas conquistas modernas. O tempo e a indiferença dos sucessivos dirigentes apagou da memória da instituição a grandeza do esforço dos seus construtores pioneiros, relegando-os ao esquecimento, que é uma grave forma de ingratidão.

Mario Biscaia sempre foi um homem de alma modesta, generosa e desapegada dessas vaidades. Neste seu centenário de seu nascimento, faço esta modesta homenagem a um grande curitibano e um grande atleticano.  

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Nicolau Klüppel: O Prefeito Maragato


Ato de nomeação de Nicolau Klüppel como prefeito de vila Deodoro, publicado em A Federação.
Comunicado oficial do prefeito Nicolau Klüppel renunciando a qualquer remuneração pelo exercício do cargo (jornal A Federação). 
Relação de contribuintes da subscrição para auxílio aos feridos na revolução. Entre estes aparece o nome da trisavó Carolina Klüppel, uma filha e uma nora. A subscrição foi promovida por seu genro, Manoel de Araújo Vianna, casado com Anna Klüppel Vianna.

Aspecto de Vila Deodoro (hoje Piraquara) no início do século XX. (Foto de Arthur Wischral).

A estação ferroviária de Piraquara, logo após a inauguração em 1885. ( Foto de Marc Ferrez).


O trisavô Nicolau Klüppel em foto de fins do século XIX


Em 1894, durante a revolução federalista, enquanto as tropas do caudilho Gumercindo Saraiva, chefe militar dos maragatos, ocupavam grande parte do estado do Paraná, foi instituído um governo provisório, sob a chefia de João de Menezes Dória, tendo sido a capital transferida de Curitiba para a cidade de Castro. 

O trisavô Nicolau Klüppel nesta época residia em Vila Deodoro (atualmente o município de Piraquara no Paraná), com parte de sua família e eram todos partidários da revolução federalista, tendo ajudado a financiar e apoiar as tropas de maragatos na região de Curitiba. Sua mulher e filhas contribuíram com recursos e ajuda aos combatentes feridos. 

Em 08/02/1894, o governador provisório Menezes Dória nomeou Nicolau Klüppel para exercer o cargo de prefeito municipal de Vila Deodoro, cujo território tinha interesse estratégico para os planos militares dos maragatos, pois controlava grande parte do trajeto da ferrovia que - ainda hoje - liga Curitiba ao importante porto de Paranaguá.

Durante sua curta gestão como prefeito municipal recusou, oficialmente, qualquer remuneração pelo cargo, comunicando a decisão ao governador e mandando reverter a verba em benefício do município, algo raro naquele tempo e absolutamente inédito nos dias atuais, entre os políticos. O ofício que remeteu ao governador foi publicado no jornal A Federação, órgão oficial do governo revolucionário.

Após o fracasso da revolução, a família Klüppel ainda viveu muitos anos em Piraquara. Meus bisavós, Rosa Klüppel e Guerino Soffiatti casaram-se naquela cidade em 19/01/1901. O casamento civil foi realizado na casa de Carolina e Nicolau Klüppel e a cerimônia religiosa foi celebrada na Matriz do Senhor Bom Jesus dos Passos.

A militância em favor da causa dos maragatos traria a Nicolau Klüppel dissabores políticos futuros. Em Curitiba, nos meses e anos que se seguiram à derrota da revolução, houve muitas vinganças políticas e mesmo fuzilamentos sumários de inúmeros partidários da revolução.

Nos anos de idade avançada o casal Carolina e Nicolau Klüppel passou a residir na casa de seu filho João Eduardo, em Ponta Grossa, onde ele faleceu em 1921, aos 92 anos, e ela em 1935, aos 94 anos, e lá estão sepultados. A tradição familiar, por meio de minha avó e tios-avós, sempre atribuiu a mudança dos seus avós para aquela cidade, ao ambiente político adverso aos maragatos e seus partidários, especialmente, na região de Curitiba.      

sábado, 17 de outubro de 2015

Há 50 Anos Na EOEIG


O DOU de 04/02/1965 com os atos de exoneração do brigadeiro Arthur Carlos Peralta das funções de presidente da Comissão de Estudos e Construção da Nova Escola de Aeronáutica e sua nomeação como comandante da EOEIG.
A posse no comando da EOEIG, em 10/03/1965,  na presença do comandante da V Zona Aérea, brigadeiro Doorgal Borges.



Em 10 de março de 1965, depois de quase uma década, meu avô Arthur Carlos Peralta e sua família, voltavam a morar em Curitiba. Já como oficial-general da Força Aérea Brasileira, retornou ao comando da Escola de Oficiais Especialistas e de Infantaria de Guarda (EOEIG), na base aérea do Bacacheri, que deixara em 1957. Foi sua escolha pessoal regressar à cidade que ele amava e admirava e ao comando da escola de formação de oficiais da FAB que ajudara a criar e pela qual tinha uma estima especial. Antes disso, havia exercido o comando do Destacamento Precursor da Escola de Aeronáutica, em Pirassununga (SP), que se tornaria a Academia da Força Aérea; e a presidência da Comissão de Estudos e Construção da Nova Escola. Era, por vocação e paixão, um educador e um construtor de escolas da FAB. As fotos e reportagens ilustram este retorno e outros momentos daquele ano. 

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Correio Aéreo Nacional: A Rota da Bolívia

Jornal A Noite - 13/08/1944 

Notícia do Correio da Manhã (RJ) - 07/03/1950

Inaugurada oficialmente em 1946, a rota ligando o Rio de Janeiro a La Paz pelo Correio Aéreo Nacional (CAN) teve expedições precursoras nos anos que antecederam. Em agosto de 1944, meu avô, então capitão aviador Arthur Carlos Peralta deu o passo inicial, comandando uma esquadrilha da Escola de Aeronáutica, que voou da capital federal até Santa Cruz de la Sierra, para homenagear a formatura de  oficiais aviadores bolivianos, façanha que o fez receber a comenda da ordem nacional "El Condor de Los Andes" (a mais alta condecoração daquele país andino) pelo pioneirismo e arrojo desta missão.        

Após várias negociações diplomáticas para a autorização da operação desta rota pelo Correio Aéreo brasileiro, no dia 20 de agosto de 1945, há setenta anos, pilotando o Beechcraft C-45 1349 da FAB, meu avô, juntamente com o major aviador Geraldo Menezes Silva e o segundo-sargento Erckonwalde de Barros Filho, faria a segunda viagem oficial do CAN à Bolívia, cuja ligação, inicialmente, findava em Santa Cruz de la Sierra. Somente em 5 de março de 1946 a rota até La Paz seria oficialmente inaugurada pelo Douglas C-47 (DC-3), pilotado pelo major aviador Geraldo Menezes Silva e pelo capitão aviador Paulo Cunha Mello, além dos sargentos Ewandro e Mariano, sobrepujando altitudes espetaculares sobre a cordilheira dos Andes.

Foi a expedição pioneira da esquadrilha da Escola de Aeronáutica, em 1944, que determinou a rota inicial mais segura e cimentou os laços de amizade que uniriam os esforços aeronáuticos dessas duas nações sul-americanas para o desenvolvimento das suas mútuas relações de cooperação continental.     

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Fotografias Coloridas - 1940/1950

Dyrce e Arthur Carlos Peralta, durante uma viagem de navio, no porto de Buenos Aires

No mirante do Cristo Redentor, no Corcovado, Rio de Janeiro, minha avó Dyrce Peralta, com meus tios Cláudio, no colo, Luiz Antonio e Paulo Fernando, e meu pai Carlos Henrique Peralta, agachados à frente.

 

Nas três fotos acima, minha avó Dyrce Peralta nas desabitadas e belas praias do Guarujá, no litoral de São Paulo. Ao fundo, o recém-construído edifício Sobre As Ondas, conhecido pela sua arquitetura arrojada.
Essas fotos coloridas foram tiradas em fins da década 1940 e no início da década de 1950 com uma das primeiras câmeras fotográficas, leves e portáteis, que reproduziam fotografias em cores. Em suas frequentes viagens aos EUA para realizar cursos de aperfeiçoamento de oficiais aviadores, meu avô Arthur Carlos Peralta, sempre trazia as novidades lançadas por lá, que só chegariam ao Brasil muitos anos depois. 

domingo, 1 de março de 2015

Cataratas do Iguaçu - 1940/50




Nas três fotos acima: meu avô Arthur Carlos Peralta, de jaqueta escurae minha avó, Dyrce Peralta, de casaco claro. Sentado à direita, em duas fotos acima, meu pai, Carlos Henrique Peralta, com seus irmãos Luiz Antonio e Paulo Fernando Peralta. Em pé, Carlos Orlando Loyola, o Xanga, e sua mulher Yara Vianna Loyola.






Fotografias das cataratas do Iguaçu, no oeste do Paraná, em diferentes ocasiões da década de 1940 e do início dos anos 1950. Em várias aparecem meus avós, Dyrce e Arthur Carlos Peralta, com filhos e amigos. Naqueles tempos, as grandes dificuldades de acesso faziam com que poucas pessoas pudessem conhecer essas maravilhas da natureza. Note-se, que algumas mostram as pessoas em lugares atualmente proibidos aos turistas. As duas fotos aéreas foram feitas da carlinga do avião pilotado por meu avô, em voos para o Correio Aéreo Nacional (CAN), no início dos anos 1940.

sábado, 3 de janeiro de 2015

Ludgero José Villet

 
Ato de transferência de Ludgero José Villet para a reserva. ¹
Lista dos militares e civis portugueses emigrados (exilados) na Bélgica, em 1832 aptos a juntarem-se às tropas de dom Pedro.² 
Auto de juramento de lealdade ao governo de dona Maria II, firmado por Ludgero José Villet e por seu tio, o coronel João da Matta Chapuzet.²

Parte da relação dos oficiais de Estado Maior do Exército de dom Pedro e da respectiva lotação em serviço, durante a guerra da Restauração do trono à dona Maria II, onde consta o tenente Ludgero José Villet, nas funções de ajudante de ordens do Ten.Gen. Thomaz Guilherme Stubbs. (pags.25/26) ³


As pesquisas de todo gênero estão hoje muito favorecidas pela internet, tanto pelos documentos disponíveis em meio digital, quanto pelas informações que permitem obter documentos em meios físicos, junto a bibliotecas e em publicações de livros. As pesquisas sobre Ludgero José Villet, pai da trisavó Maria Adelaide de Burgos Chapuzet Villet Peralta têm avançado lentamente, mas, com um número cada vez maior de informações, tanto em meios digitais, quanto em meios físicos.

Por meio de diversas pesquisas, foi possível saber que Ludgero José Villet nasceu cerca do ano de 1805 e que ocupava, na arma de Infantaria do Exército português, o posto de capitão. Em reproduções encontradas na internet, sobre registros militares, o seu sobrenome constava com três grafias diferentes: Villete, Villeti e Vilete. Em uma carta escrita de próprio punho, em 1835, Ludgero assina seu sobrenome como sendo Villete. Nas certidões de batismo e casamento de sua filha Maria Adelaide, minha trisavó, seu sobrenome consta como Villet. Meu bisavô chamava-se Valdomiro Villet Peralta e todos seus irmãos utilizavam o sobrenome assim grafado.

Por meio da certidão de batismo da trisavó Maria Adelaide, em 1837, que obtive em pesquisas digitais, sei que ele nasceu em Lisboa e era filho de Ludgero José Villet e de Marianna Gertrudes Chapuzet, nascida em Lisboa e irmã do brigadeiro João da Matta Chapuzet (vide post). Era casado com Roza Adelaide de Burgos, natural da cidade de Burgos, na Espanha, filha de dona Roza de Burgos e de dom Felippe Fernandez, ambos espanhóis e residentes em Burgos. Nesta certidão consta que, na ocasião, residiam na rua 16 de Maio (atual rua dos Mártires da Liberdade), na Cidade do Porto. Nada sei sobre as datas de nascimentoª, casamento ou falecimento de Ludgero e Roza Adelaide.

Por meio de outros documentos digitais e de livros adquiridos em Portugal pude saber que Ludgero José Villet sentou praça muito cedo e, com pouco mais de dezessete anos, já no posto de alferes de infantaria, era ajudante de campo do governador do arquipélago de Cabo Verde, seu tio João da Matta Chapuzet, de quem esteve muito próximo durante grande parte da sua vida militar. Encontrei, ainda, documentos sobre o seu exílio (ao lado de João da Matta Chapuzet) em Bruges, Ostende e Dunquerque, para fugir das perseguições do reinado de usurpação de dom Miguel; e o juramento de lealdade que prestou à dona Maria II, como legítima rainha constitucional de Portugal, em agosto de 1830.

Sobre o exílio, sabe-se que centenas de civis e militares fieis à rainha dona Maria II, perseguidos pelo governo miguelista, que mandou executar sumariamente aqueles que sustentavam a causa da Restauração, exilaram-se em Plymouth, na Inglaterra. Contudo, tornaram-se um ônus demasiado para o governo britânico, obrigando-os a ir para a Bélgica, no que ficou conhecido como "depósito dos emigrados". Enquanto aguardavam que dom Pedro organizasse um "exército de libertação", ao qual se juntariam, os emigrados passaram por toda a sorte de privações, pela escassez de recursos para prover suas necessidades, que estavam a cargo do governo da regência, instalado na ilha Terceira dos Açores.

Foi ainda possível saber que em abril de 1833 regressou a Portugal e lutou nas tropas do Exército do duque de Bragança (dom Pedro I do Brasil – dom Pedro IV de Portugal) pela restauração do trono de dona Maria II. Fez parte do Estado Maior do Exército de dom Pedro, como ajudante de ordens do legendário tenente-general Thomas Guilherme Stubbs, barão e visconde de Vila Nova de Gaia, oficial dos Exércitos britânico e português, herói da guerra peninsular, que comandava o 4º Distrito, de Lordello à Senhora da Luz.

Finalmente, descobri quando, aparentemente, chegou ao fim sua carreira militar, com a transferência do capitão de infantaria Ludgero José Villet para a 3ª Seção do Exercito (a reserva), em 26/10/1846, por meio de ato da famigerada Junta Provisória (conhecida como Junta da Patuleia), que governou a maior parte do território português durante o período da guerra civil da Patuleia. Alguns desses atos, eivados dos ressentimentos políticos da ocasião, foram revogados posteriormente, mas, não foi possível saber se a aposentadoria precoce de Ludgero José Villet foi revista.

Mais que isso, ainda não pude encontrar, por ora. Neste ano de 2015, quando se completam 210 anos do nascimento de Ludgero José Villet, espero conseguir maiores e melhores informações.
     
¹ Publicado em "Os Titulares e os Oficiais da Patuleia" - Miguel Esperança Pina, Nuno Borrego e Lourenço Vilhena de Freitas - Ed. Tribuna da História - Lisboa - 2006).
² "Documentos para a historia das Cortes geraes da nação portugueza: coordenação auctorisada pela Câmara dos senhores deputados" - Imprensa Nacional - Lisboa - 1890 - (pags. 439, 440 e 539)  
³ "Lista Geral dos Officiaes do Exército Libertador referida ao dia 25 de Julho de 1833" - Typ. de A.J.C. da Cruz - Lisboa - 1835. 
ª  Considerando o ancestral costume português de dar nomes aos filhos segundo o santo do dia, seria lícito supor que Ludgero José Villet nasceu em 26 de março (dia de São Ludgero) ou em 19 de março (dia de São José). Assim, março parece ser o mais provável mês do seu nascimento.

Obs. 1: Ludgero José Villet teve um filho homônimo que veio ainda menor para o Brasil, provavelmente, junto com a trisavó Maria Adelaide, sua irmã mais velha. Este filho foi sócio de uma fábrica de cigarros e charutos no Rio de Janeiro, situada na rua de Bragança, nº5 e casou-se com Emília Mercês de Freitas, em Niterói (RJ), em 20/08/1869. Faleceu aos 43 anos, em junho de 1884, na cidade do Rio de Janeiro, vitima de tuberculose. 

Obs. 2: Ludgero José Villet e Rosa Adelaide de Burgos Villet tiveram outra filha, chamada Rosa de Burgos Villet, nascida em 22/01/1841 e batizada em 18/02/1841, na igreja de Nossa Senhora da Oliveira, na vila de Guimarães, em Portugal.   

Obs. 2.1: O casal teve ainda outros dois filhos: Filippe e Luiz Fernandez Villet, que faleceram em 20/05/1844, na freguesia de São Pedro de Miragaia, ambos vitimas de coqueluche, segundo o termo de óbito.  Um deles tinha alguns meses de idade o outro pouco mais de um ano de vida. Antes disso, em 15/03/1844, faleceu sua mãe Roza Adelaide de Burgos Fernandez Villet, na mesma freguesia. No óbito não constou a causa da morte. 

Obs. 3: Conforme certidão de batismo, Ludgero nasceu em Lisboa e foi batizado em 04/03/1805, na igreja de Santa Catarina, sendo que, na ocasião, seu pai e homônimo já havia falecido. (atualização de janeiro/2016)