quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Olguinha e Guerino Soffiatti


Minha avó, Olga Soffiatti Biscaia, e seu pai, Guerino Soffiatti, em 1936, na Floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro, quando foram visitar as duas irmãs de Olguinha: Helena e Dalila Soffiatti. Nascido Guerrino Alessandro Saturno Soffiatti¹ em 13/11/1880, na Itália, na localidade de Correzzo, na atual comuna de Gazzo Veronese, no sul da província de Verona, região do Vêneto. Emigrou com seus pais, Pasqua Letizia Trevisani e Attilio Soffiatti e seus irmãos, Vittorio e Hilario, juntamente com tios e primos da família Soffiatti e das famílias Tognetti e Trevisani, parentes de sua mãe, conforme registros da sua passagem pela Hospedaria de Imigrantes, em São Paulo. Desembarcaram no Brasil, no porto de Santos, no dia 08/03/1888, do vapor San Giorgio, procedente de Gênova. Ficaram durante algum tempo na cidade de São Paulo ou no interior, provavelmente, cumprindo um contrato de trabalho, como pagamento pelas passagens de navio com que vieram da Europa, prática comum dos imigrantes, na ocasião. 

Após este período, de pouco mais de dois anos e meio, Attilio Soffiatti e sua família vieram para o Paraná, chegando ao porto de Paranaguá, a bordo do vapor Rio Negro, em 16/11/1890, vindos de Santos. Radicaram-se na região de Curitiba, em Itaperuçu, no antigo município de Votuverava, onde já viviam alguns parentes imigrados daquela região italiana. Neste lugar, o governo promovia a colonização, por meio da doação ou venda por preços módicos, de imóveis rurais. A família manteve a propriedade nesta região, até meados da década de 1930. Guerino Soffiatti casou-se em 19/01/1901 com Rosa Klüppel, filha de Carolina Probst e Nicolau Klüppel, na paróquia do Senhor Bom Jesus dos Passos, na antiga vila Deodoro, atual Piraquara (PR). Tornou-se próspero comerciante, madeireiro e proprietário de imóveis em Curitiba e região. Faleceu nesta cidade, em 19/09/1950. A fotografia foi dedicada ao, então, noivo de Olguinha, Mario Chalbaud Biscaia

Nascida em Itaperuçu, em 1918, minha avó Olga Soffiatti era a mais nova de sete irmãos, sendo dois homens e cinco mulheres: Amanzor, Geny, Dalila, Nicolau, Helena, Leonor e Olga.       

¹ Com o uso do seu nome no Brasil, Guerrino passou a chamar-se Guerino Soffiatti. Segundo me contou, há muitos anos, um padre da biblioteca da Curia Vescovile di Verona (onde estive pesquisando as origens da nossa família Soffiatti) e de acordo com outras pesquisas que fiz, o nome Guerrino era comum nos italianos nascidos logo após as guerras que sacudiram o norte da península italiana na segunda metade do século XIX, especialmente a guerra de libertação do domínio austríaco.