segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Família Klüppel: Carolina e Nicolau

Meus trisavós, Carolina Probst Klüppel e Nicolau Klüppel (foto de 1909)


A trisavó Carolina (Helena)¹ Probst Klüppel, em retrato de fins do século XIX e em fotos das décadas de 1920 e 1930. Nascida em 1841, em Trier², na Renânia (Rheinland), na antiga Prússia Ocidental, hoje Alemanha. Emigrou com seus pais para o Brasil com três anos de idade. Casou-se com Nicolau Klüppel, também imigrante alemão, nascido em Seffern³, Bitburg, na Renânia, comerciante (oficial sapateiro) e proprietário em Curitiba (PR). Nesta cidade, residiam na rua Nova do Saldanha (denominada sucessivamente: rua do Serrito, rua Conselheiro Barradas e, hoje rua presidente Carlos Cavalcanti), onde Nicolau mantinha uma oficina de fabricação de sapatos.

Relação das sapatarias de Curitiba - Almanak da Província do Paraná - 1876

O casal viveu mais de noventa anos e teve onze filhos. Na foto ao alto, os trisavós Carolina e Nicolau Klüppel, em 1909, durante a comemoração das bodas de ouro do casal, numa grande festa realizada em Vila Deodoro, atualmente Piraquara (PR), na região de Curitiba, onde passaram a residir numa propriedade rural que possuíam. Em 08/02/1894, durante a revolução federalista, o governador provisório Menezes Dória nomeou Nicolau Klüppel prefeito municipal de vila Deodoro, chefiando um governo federalista revolucionário. Durante sua curta gestão, recusou qualquer remuneração pelo cargo. O trisavô Klüppel liderou e apoiou os maragatos da região e ajudou a financiar as tropas federalistas de Gumercindo Saraiva, o que causou-lhe dissabores, posteriormente, com perseguições políticas. Provavelmente por este motivo, nos últimos anos de suas vidas, o casal Klüppel passou a residir em Ponta Grossa (PR), na casa de seu filho João Eduardo, um dos pioneiros da indústria madeireira do Paraná. Nicolau Klüppel faleceu naquela cidade, em 1921 e Carolina, em 1935.

Sua filha caçula, minha bisavó Rosa (Rosinha) Klüppel era irmã gêmea de Guilherme (Willy) Klüppel. Rosinha casou-se no dia 19/01/1901, em Piraquara, com Guerino Soffiatti, imigrante italiano e tiveram oito filhos. Minha avó Olga Soffiatti Biscaia, a mais nova dos filhos, conheceu a avó Carolina de quem ouviu muitas histórias e dela ganhou uma lembrança que trouxe da Alemanha, datada do ano em que emigrou, que hoje guardo comigo. Meus bisavós Rosinha e Guerino herdaram a casa que pertenceu a Carolina e Nicolau, em Curitiba, na antiga rua Conselheiro Barradas, hoje Presidente Carlos Cavalcanti, na esquina com a rua Mateus Leme, onde viveram por muito tempo. Nesta casa, também, residiram meus avós Olga e Mário Biscaia, no começo de seu casamento, e foi lá onde nasceu minha mãe, Maria do Rocio Soffiatti Biscaia.

¹ Em todas as certidões de batismo e de casamento, civil e religioso, de minha bisavó Rosa Klüppel, o nome de sua mãe consta como sendo, respectivamente, Carolina Klüppel e Carolina Probst. Em minhas pesquisas, não encontrei qualquer documento oficial, seja certidão civil ou religiosa, onde o nome da trisavó Carolina Klüppel contivesse o nome Helena

Todas as referências que encontrei em documentos oficiais, certidões de batismo e de casamento de seus filhos, mesmo após a vigência do registro civil republicano, constam, exclusivamente, os nomes Nicolau e Carolina Klüppel. Na certidão de óbito lavrada em Ponta Grossa em 07/01/1935, consta o nome Carolina Klüppel. Apenas a título de curiosidade, uma das irmãs mais velhas de minha avó Olga Soffiatti Biscaia chamava-se Helena Carolina Klüppel Soffiatti, minha saudosa tia Helena. Uma das filhas do casal Klüppel também chamava-se Carolina.

² A publicação "Famílias Brasileiras de Origem Germânica" (edição conjunta do Instituto Genealógico Brasileiro e do Instituto Hans Staden, 1967, pág. 303 a 305) diz que Carolina nasceu em Trier, em 1841. Já a certidão de casamento de Carolina e Nicolau, na matriz de Curitiba em 30/01/1859, revela que ela teria nascido em Hannover e se chamava Carolina Augusta Guilhermina
 
Segundo o site genealógico da Igreja Mórmon (familysearch.org) os pais de Carolina Probst eram: Caroline Christiane Eleonore Maake e Carl Friedrich Wilhelm Ferdinand Probst, originários de Hannover. Teriam chegado ao Brasil em 1854, a bordo do navio Emily, no porto de São Francisco do Sul.

³ A mesma publicação acima mencionada, indica que Nicolau Klüppel, assim como seu pai e seu irmão, nasceu na antiga Prússia, na aldeia de Seffern (hoje pertencente ao distrito de Bitburg, na Renânia-Palatinado). Nos registros de embarque para o Brasil, consta que teria nascido em Lockweiler, no Sarre, No registro de seu desembarque no porto de São Francisco do Sul (SC), consta referência a Welschbillig, município do distrito de Trier-Saar, na Renânia-Palatinado. Contudo, este último pode ser o lugar de onde ele veio ou onde residia antes do seu embarque para o Brasil, porque não há expressa referência como lugar de nascimento.
  

6 comentários:

lu soffiati disse...

Que bacana Arthur. Eu sou filha do Normando Guerino Soffiatti (que mora no Rio), neta de Amanzor Soffiatti. Fiquei muito impressionada com a sua pesquisa, Acredito q muitos da nossa familia vao gostar de ver as fotos e as historias que vc pesquisou.
Obrigada, abraços,

Luciana Soffiati Comas

ARTHUR CARLOS PERALTA disse...

Obrigado, Luciana. Um abraço para você e todos da família.

Anônimo disse...

Arthurzinho, olá! Já tinha lido anteriormente quase todo o teu blog e agora estou relendo umas partes. Cada vez ficamos (Terezinha +eu)mais encantadas com este trabalho tão bem redigido e pesquisado. Parabéns primo, fico mto orgulhosa!!

ARTHUR CARLOS PERALTA disse...

Muito obrigado!

Edmea Kluppel Bach disse...

Olá Arthur,em primeiro lugar quero parabenizá-lo pelo Blog. Fiquei encantada com o que vi e li.Sou bisneta de Nicolau e Carolina; neta de João Eduardo Kluppel (e Sophia) e filha de Eduardo Kluppel Jr.com Perpétua. Meu avô assinava apenas Eduardo ( sem o nome João na frente)e meu pai então foi registrado como Eduardo Junior. Um grande abraço.



ARTHUR CARLOS PERALTA disse...

Obrigado, Edmea. Espero que tenha navegado por outros posts do blog, que tratam da família Klüppel. Um abraço.