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Convite para os bailes de carnaval do Clube Curitibano - 1908 |
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Convite para o baile de 28° aniversário do Clube Curitibano, em 06/01/1910. |
Talvez pelo clima, talvez pelos costumes advindos da colonização europeia ou, quem sabe, pelo simples prazer do bom convívio social, Curitiba sempre foi uma cidade com um grande número de clubes, associações recreativas, esportivas e culturais. Havia, no passado, vários clubes que reuniam etnias europeias: os italianos (Sociedade Garibaldi, Sociedade Água Verde, Sociedade Dante Alighieri, Circolo Italiano e outras), os alemães (Clube Concórdia, Sociedade Thalia, Sociedade Rio Branco, Sociedade Duque de Caxias, entre outras), poloneses (Sociedade União Juventus), ucranianos (Sociedade Ucraniana do Brasil) e de outras origens.
As associações de imigrantes alemães foram as primeiras e as mais numerosas, devido a forte tradição germânica de clubes culturais e esportivos, como os de canto lírico e os de caça e tiro. Os clubes que tinham nomes germânicos foram obrigados a mudá-los, durante a ditadura do Estado Novo, para nomes brasileiros, muitos homenageando personagens históricos e heróis nacionais. Havia, também, associações de socorro financeiro, as mútuas, especialmente italianas (Sociedade Vittorio Emmanuele III), alemãs e polonesas.
Na maior parte, as associações foram estabelecidos na segunda metade do século XIX pelas primeiras gerações de imigrantes para manter as tradições da terra natal, promover a confraternização entre conterrâneos e conservar a memória cultural para as gerações futuras. Muitas continuam existindo, mas, perderam sua identidade original com a natural integração dos descendentes à comunidade nacional e o distanciamento das raízes estrangeiras. Algumas ainda mantêm grupos folclóricos e as festividades mais tradicionais dos seus países de origem.
Meus trisavós e meu bisavô italianos, Soffiatti, frequentavam a Sociedade Italiana Giuseppe Garibaldi, a maior e mais antiga associação de italianos em Curitiba, fundada em 1883, a qual conserva sua belíssima sede original, conhecido como Palácio Garibaldi, cuja construção terminou em 1904 e situa-se na praça de mesmo nome. Meu bisavô Guerino Soffiatti, também, participou ativamente das atividades da Sociedade Dante Alighieri e do Circolo Italiano, inclusive da reorganização e da diretoria de ambas as instituições, tradicionais centros de difusão da cultura italiana no Paraná. A Sociedade Garibaldi e a Dante Alighieri continuam em plena atividade nos dias atuais.
As associações de imigrantes alemães foram as primeiras e as mais numerosas, devido a forte tradição germânica de clubes culturais e esportivos, como os de canto lírico e os de caça e tiro. Os clubes que tinham nomes germânicos foram obrigados a mudá-los, durante a ditadura do Estado Novo, para nomes brasileiros, muitos homenageando personagens históricos e heróis nacionais. Havia, também, associações de socorro financeiro, as mútuas, especialmente italianas (Sociedade Vittorio Emmanuele III), alemãs e polonesas.
Na maior parte, as associações foram estabelecidos na segunda metade do século XIX pelas primeiras gerações de imigrantes para manter as tradições da terra natal, promover a confraternização entre conterrâneos e conservar a memória cultural para as gerações futuras. Muitas continuam existindo, mas, perderam sua identidade original com a natural integração dos descendentes à comunidade nacional e o distanciamento das raízes estrangeiras. Algumas ainda mantêm grupos folclóricos e as festividades mais tradicionais dos seus países de origem.
Meus trisavós e meu bisavô italianos, Soffiatti, frequentavam a Sociedade Italiana Giuseppe Garibaldi, a maior e mais antiga associação de italianos em Curitiba, fundada em 1883, a qual conserva sua belíssima sede original, conhecido como Palácio Garibaldi, cuja construção terminou em 1904 e situa-se na praça de mesmo nome. Meu bisavô Guerino Soffiatti, também, participou ativamente das atividades da Sociedade Dante Alighieri e do Circolo Italiano, inclusive da reorganização e da diretoria de ambas as instituições, tradicionais centros de difusão da cultura italiana no Paraná. A Sociedade Garibaldi e a Dante Alighieri continuam em plena atividade nos dias atuais.
Os trisavós alemães Klüppel, eram sócios honorários do Clube Concórdia, que antes chamou-se Gesangverein Germania e, depois, Verein Deutscher Sängerbund. Segundo contam as histórias de família, João Baptista Klüppel, irmão do trisavô Nicolau Klüppel, liderou um grupo dissidente que fundou a Sociedade Thalia, em 1882, em razão de desentendimentos internos no Clube Concórdia, fato corriqueiro no seio dos clubes teutônicos. O Clube Concórdia foi incorporado ao Clube Curitibano em 2012, mantendo seus principais eventos folclóricos, especialmente a famosa Festa da Cerveja, e conservando seu elegante prédio histórico, que se chama Sede Concórdia.
Meus bisavós com origem ancestral em Curitiba, descendentes dos fundadores da cidade, como João dos Santos Biscaia, frequentavam o Clube Curitibano, criado em 1881 por algumas das famílias mais antigas da capital do Paraná. O bisavô Biscaia participava ativamente das comissões de organização dos eventos sociais da agremiação, como mostram os convites para os bailes do clube, já na primeira década do século XX. Na minha família, a tradição de presença nos bailes de aniversário do Clube Curitibano (uma das festas black tie mais bonitas e elegantes do Brasil) permanece até os dias de hoje, infalivelmente, geração após outra, há mais de cem anos.
A tradição familiar de gosto pelo convívio associativo foi transmitida aos seus filhos, netos e bisnetos. Meu avô, Mário Chalbaud Biscaia, era grande entusiasta do associativismo e foi sócio de vários clubes em Curitiba, como o Clube Curitibano, o Graciosa Country Club, a Sociedade Thalia e o Clube Atlético Paranaense. Mesmo no litoral do Paraná, para onde iam muitas famílias curitibanas no verão, a necessidade de manter esses costumes e as atividades sociais durante as temporadas de praia, animaram um grupo de amigos curitibanos, entre os quais o meu avô, a fundar o Iate Clube de Guaratuba, em 1949, um dos primeiros clubes náuticos do Paraná.
Publicado em 14/11/2017. Atualizado em 05/05/2023.
Meus bisavós com origem ancestral em Curitiba, descendentes dos fundadores da cidade, como João dos Santos Biscaia, frequentavam o Clube Curitibano, criado em 1881 por algumas das famílias mais antigas da capital do Paraná. O bisavô Biscaia participava ativamente das comissões de organização dos eventos sociais da agremiação, como mostram os convites para os bailes do clube, já na primeira década do século XX. Na minha família, a tradição de presença nos bailes de aniversário do Clube Curitibano (uma das festas black tie mais bonitas e elegantes do Brasil) permanece até os dias de hoje, infalivelmente, geração após outra, há mais de cem anos.
A tradição familiar de gosto pelo convívio associativo foi transmitida aos seus filhos, netos e bisnetos. Meu avô, Mário Chalbaud Biscaia, era grande entusiasta do associativismo e foi sócio de vários clubes em Curitiba, como o Clube Curitibano, o Graciosa Country Club, a Sociedade Thalia e o Clube Atlético Paranaense. Mesmo no litoral do Paraná, para onde iam muitas famílias curitibanas no verão, a necessidade de manter esses costumes e as atividades sociais durante as temporadas de praia, animaram um grupo de amigos curitibanos, entre os quais o meu avô, a fundar o Iate Clube de Guaratuba, em 1949, um dos primeiros clubes náuticos do Paraná.
Publicado em 14/11/2017. Atualizado em 05/05/2023.